A evidência de que o ser humano é, em essência, um ser social, é altamente desafiada pela multiplicidade de atividades e formas de passar o tempo de que dispomos atualmente e que não envolvem o contacto com outra pessoa, ainda que digitalmente. A quantidade e a qualidade das relações sociais que estabelecemos hoje em dia é radicalmente diferente da que se estabelecia há 10, 20, 30 anos.

O isolamento diferente e em diferentes faixas etárias é uma inevitável consequência das nossas escolhas ou uma escolha inevitável com consequências?
Vale a pena sair de casa? Vale a pena ligar?
Será que vale a pena?

Qual o verdadeiro impacto da relação social em mim?

A investigação é muito clara na manifestação de uma relação inequívoca entre o isolamento social e a potenciação de sentimentos negativos como a tristeza, a solidão e a menor expressão de sentimentos de felicidade, o que o relaciona, por consequência, com algumas psicopatologias como a depressão, a ansiedade patológica, entre outras…

Cerebralmente, o isolamento social altera o funcionamento neuronal de forma passível a ser equiparada à privação alimentar, através da alteração semelhante da produção de dopamina, o que justifica estas consequências psico-emocionais.

De igual modo, a privação de relações sociais positivas contribui para o aumento do risco de desenvolver doença física e/ou fragilizar a sua recuperação. Inúmeros estudos correlacionam mesmo a manutenção de relações sociais positivas com uma maior longevidade.

Mas afinal do que falamos quando falamos em relações sociais positivas?

Uma relação social positiva é uma conexão entre (pelo menos) duas pessoas que se estabelece num contexto de espontaneidade, respeito mútuo, assertividade e aceitação. Em qualquer contexto onde possa surgir uma conexão há a possibilidade de ser estabelecida uma relação social positiva.

A forma como nos predispomos e disponibilizamos ao seu estabelecimento está intimamente relacionada com o autoconhecimento, a autoconfiança e a autoestima. Mas estas são competências que conseguimos sempre trabalhar e promover autonomamente ou com recurso a profissionais especializados.

Queremo-nos uns aos outros para termos mais saúde mental e física! Para pensarmos, sentirmos e para fazermos melhor durante o máximo de tempo possível:

- quando fazemos novas amizades estamos a promover a nossa autoestima, a nossa capacidade de adaptação e a reduzir o stress;

- quando praticamos exercício físico em conjunto potenciamos os efeitos relaxantes do mesmo, comparativamente ao exercício isolado;

- quando partilhamos a refeição com companhia estamos a potenciar laços mas também a libertação de endorfinas que nos ajudam a sentir melhor;

- quando fazemos um telefonema, quando estamos presentes, quando partilhamos momentos com os outros…. estamos a potenciar a nossa qualidade de vida, a nossa saúde física e a nossa saúde mental!

Em família, no trabalho, nas nossas atividades de lazer, os contactos sociais são oportunidades de viver mais e melhor! ☺

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